Consumo local e sua importância para recuperação da hotelaria

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A ocupação é da incerteza. Na crise mundial do Coronavírus, hotéis, pousadas e toda a cadeia do segmento estão na linha de frente dos setores mais afetados pela pandemia. No entanto, ainda que o momento seja inédito para todos e extremamente delicado, é preciso pensar e criar estratégias, agora, para que o futuro que deve chegar em breve. É preciso pensar e planejar para além do que se vive hoje. Dessa forma, nesse aspecto, é fundamental incluir o consumo local como um dos fatores de suma importância para recuperação da hotelaria nacional. 

Olhar para o entorno e encontrar caminhos e parcerias locais garantirá melhores condições tanto para o hotel ou pousada quanto para a comunidade. Olhar para perto e escolher destinos nacionais garantirá a retomada do setor. Assim, nas duas pontas do turismo – viajantes e quem hospeda – a escolha pela proximidade é que fará a diferença no momento de recomeçar. Para falar sobre o assunto, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura!

Turismo e sua importância para o Brasil

Dados do relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, de janeiro a dezembro de 2019, o número de desembarques nacionais nos aeroportos do país cresceu 1,8% em relação ao mesmo período de 2018. No total, foram 97,1 milhões de passageiros viajando no Brasil, quase 2 milhões a mais que 2018.

De acordo pesquisa elaborada pela consultoria britânica Oxford Economics, em 2018, a contribuição do turismo ao Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 3,1%, totalizando US$ 152,5 bilhões (8,1%). Em relação aos postos de trabalho, o mercado ocupou 6,9 milhões de pessoas, equivalente a 7,5% do número global de vagas no país. Trata-se, assim, de um segmento importante para a economia e desenvolvimento do Brasil.

Retomada do turismo nacional 

O impacto real da crise causada pela Covid-19 ainda não pode ser mensurado, pois o mundo ainda está fazendo sua travessia. Mas, segundo especialistas na área de hotelaria, a retomada do turismo nacional deverá acontecer primeiro, antes do internacional, em razão da possibilidade de deslocamento por carro. Esse movimento exigirá uma preparação diferenciada dos hotéis e pousadas para atender a nova demanda que surgirá, certamente, depois que tudo isso passar. 

Pensar na demanda do futuro 

Ao vivenciar uma experiência de pandemia, isolamento social, restrições e perdas, é quase impossível pensar que a vida será a mesma de antes. A forma de pensar e agir no mundo deve ser alterada – ou já está sendo. Assim, a forma de viajar, conhecer lugares e culturas – seja a lazer ou a trabalho -, também tende a ser alterada. Por isso, ainda que haja uma paralisação, é preciso manter-se em movimento e planejar novas maneiras de hospedar e receber. O futuro virá e é preciso estar preparado para ele. Agora é hora de repensar serviços, produtos e o jeito de se relacionar com os hóspedes. 

Consumo local e consciente como aliado  

Como parte desse repensar está a valorização de pessoal, serviços e produtos locais na hotelaria. Mais do que nunca isso fará a diferença, já que, além da hospedagem em si, o destino – cidade, região, povoado – que antes vivia quase que exclusivamente do turismo também estará afetado pela paralisação causada pela pandemia. Então, mais do que nunca a união de forças próximas é que poderá sustentar e oferecer condições para um recomeço em conjunto. 

Assim, no caso de hotéis e pousadas, algumas ações possíveis são:

  • contatar empresas nacionais para negociar a compra de suprimentos essenciais, como peças de enxoval; amenities; louças; etc. (evitar adquirir produtos importados, como da China, e valorizar a produção nacional);
  • encontrar prestadores de serviços próximos para reduzir custos e valorizar a mão de obra disponível na comunidade;
  • incorporar produções locais nos produtos oferecidos aos hóspedes – como doces caseiros tradicionais; criações de artistas da região; etc.;
  • incluir ações sustentáveis no hotel ou pousada – como programas de reuso de toalhas e água da chuva -, caso ainda não tenha;
  • criar uma rede de contatos e serviços que possam ser interligados e na qual um seja matéria-prima ou fonte de demanda para outro. 

No caso dos turistas, tanto a lazer como a negócios, as ações conscientes são:

  • optar por destinos próximos, que possam ser acessados de carro;
  • valorizar os produtos e comércios da região que visita;
  • realizar reuniões ou encontros em hotéis locais;
  • respeitar regras de higienização, número de pessoas e contato (caso existam novas normas nesse sentido e sejam implementadas nos hotéis e pousadas).

 

Estas são algumas atitudes que podem partir das duas pontas que compõem o tecido do turismo. São atitudes que podem ser tomadas agora, planejadas agora, para um momento de reconexão e novos encontros. 

 

As dicas para atravessarmos, juntos, esse momento de crise foram importantes para você? Lembre-se de que atitudes conscientes hoje mudam e melhoram o amanhã, seja para recepcionar seus hóspedes ou para beneficiar a comunidade da qual faz parte. Continue acompanhando mais dicas e informações sobre hotelaria em nosso blog. ?

 

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