Foi-se o tempo em que o consumidor não se interessava ou não tinha acesso às exigências de produtos e serviços. Agora, cada vez mais exigente, ele procura saber e requisitar seus direitos não só na hora de fazer a escolha da aquisição, mas também na hora de se fidelizar. É neste contexto que as empresas, inclusive clínicas e hospitais, tiveram que se adaptar para atender às novas demandas. Com isso, surgiu o conceito de hotelaria hospitalar que, de acordo com Marcelo Boeger, coordenador da especialização do Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, “é a reunião de todos os serviços de apoio, que, associados aos serviços específicos, oferecem aos clientes internos e externos conforto, segurança e bem-estar durante seu período de internação”.
Quando falamos em conforto e bem-estar é impossível desassociar do enxoval, que além de aventais, pijamas e camisolas, também é composto por lençóis, fronhas, colchas e cobertores. Essas peças que têm contato direto com os pacientes em hospitais, clínicas de grande e pequeno porte são capazes de transmitir acolhimento e higiene, refletindo, portanto, a qualidade dos serviços no geral. Hoje, vamos entender as principais etapas da gestão do enxoval e sua importância dentro da hotelaria hospitalar. Vamos lá?
Seguir as normas é o primeiro passo
Se você vai iniciar a montagem do enxoval hospitalar para sua clínica, saiba que existe uma norma específica para determinar a produção têxtil dos produtos. As categorias são:
- T1: avental, bota, camisola;
- T2: felpudos;
- T3 E T4: campos cirúrgicos e sacos hamper;
- T5: coberturas;
- T6: lençóis, fronhas, pijamas;
- T7: colchas.
Categoria | Tecido |
T1; T2; T3; T4 e T7 | 100% Algodão |
T5 e T6 | Podem ser fabricados em 50% Algodão 50% Poliéster. |
Além de estar dentro dessas recomendações para garantir a qualidade das peças, é importante que você, gestor, esteja atento à quantidade de itens para compor seu enxoval hospitalar. De acordo com Roberto Maia Farias, mestre em Administração, com especialização em Administração em RH, Hospitalar e Hoteleira, na hora da escolha, devem ser considerados qualidade técnica e quantidade. Um sem o outro, acredite, não será um bom negócio!
A melhor compra do enxoval hospitalar é possível desde que…
Desde que você tenha em mente os requisitos técnicos, o conforto para o paciente, a durabilidade das peças e, claro, a segurança sanitária para preservar o enxoval e o bem-estar de quem irá utilizá-lo, é possível garantir boas compras e estruturar sua estratégia de hotelaria hospitalar na sua clínica! Ao analisar todos estes pontos, você tem mais assertividade nas aquisições, então, lembre-se: investir bem é pensar a longo prazo, ou seja, analise os preços versus os benefícios do produto!
Vale destacar também que a compra, quando refere-se ao volume, deve ser baseada no controle do inventário. A equipe de hotelaria precisa acompanhar e relatar diariamente as peças que estão em uso, na lavanderia, em estoque e os descartes para que, periodicamente, se faça a medição de reposição de peças na quantidade ideal – de forma que não onere nem o lado financeiro, nem o operacional.
O dia a dia da hotelaria hospitalar
Depois da compra, o enxoval hospitalar estará em giro, e um dos pontos que exige maior atenção para gestão é a lavagem dos itens, pois esta impacta diretamente na chamada “vida útil”, juntamente com outros dois aspectos:
- Elementos da confecção;
- Formas de manuseio.
Temos um exemplo prático para mostrar o quanto essa etapa é fundamental e merece olhos sempre abertos. Segundo o Portal Hospitais Brasil, o Hospital Monte Sinai, por exemplo, conta com uma unidade especial para processar o enxoval, recolhendo-o, separando-o de acordo com as sujidades até garantir o retorno dos itens em condições de higiene e preservação adequadas.
Prontas para o uso, a equipe que a recebe ainda deve avaliar se a lavagem como um todo foi feita corretamente, uma vez que em qualquer que seja a etapa, há riscos de danos capazes de retirar um item de circulação. A checagem é essencial e faz parte da otimização do setor de hotelaria hospitalar!
Apoio da tecnologia para gestão do enxoval hospitalar
Para um monitoramento preciso, você ainda pode optar por incluir código de barras (Barcode) ou Chip (RFID) para auxiliar na contagem de peças. A primeira opção é a mais econômica, mas não oferece a vantagem qualitativa de informações como a segunda. Isso porque, apesar de ainda ser pouco implementada no Brasil devido ao alto custo, a tecnologia com radiofrequência permite analisar todo o caminho que cada peça realiza, desde o recolhimento até a devolução, registrando, inclusive, o tempo de duração dos itens – o que possibilita uma análise da qualidade do tecido. Se no momento esse recurso não se torna viável, vale ficar com ele no radar para que, com planejamento, você possa colocá-lo em prática em prol da redução de custos a longo prazo da área de hotelaria hospitalar.
A gestão do enxoval hospitalar é um desafio, mas com as orientações e análises necessárias, irá se tornar um mecanismo altamente eficiente para refletir a excelência dos serviços e transmitir toda confiança necessária, especialmente no setor da saúde. Para continuar nessa jornada, que tal ler agora os detalhes para uma escolha acertada para o enxoval de clínicas? É só clicar aqui para se aprofundar!
Fonte: Portal Hospitais Brasil | CM Tecnologia
Bom dia, muito bom o conteúdo, mas eu fiquei em dúvida em como calcular as trocas diárias, ou seja calculo a somatória de peças ou somente a quantidade de trocas?
exemplo: tenho 18 leitos com taxa de ocupação de 100%
meu enxoval compõe de 5 peças
troca todas as peças 2 vezes por dia
então a conta seria 18 x 5 peças x 2 = 180 peças trocadas
ou
18 x 2 = 36 trocas de 5 peças cada.
me ajude por favor.
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